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Malala, a menina que queria ir para a escola

Malala, a menina que queria ir para a escola Postado em 23/06/2015 às 23:53

Esqueça a Cinderela.

Nossos filhos precisam conhecer mesmo é a Malala!

Ela não perdeu muito tempo se lamentando pelos cantos quando se sentiu injustiçada. Nem esperou que um príncipe a resgatasse. Malala até chorou um pouco, é verdade, mas quem não choraria ao ver seu país invadido pelos talibãs que, de quebra, ainda decretaram que as meninas não podiam mais estudar? Quem não choraria ao ver mais de 400 escolas destruídas? Malala logo botou a boca no mundo. “Como o Talibã se atreve a tirar meu direito à educação?”, discursou publicamente em 2008, quando tinha apenas 11 anos. Depois, usando um pseudônimo, escreveu um blog contando ao mundo como era sua vida durante a ocupação. Chamou a atenção por defender o acesso das mulheres à educação formal e, por isso, foi ameaçada e baleada pelos barbudos extremistas em outubro de 2012, quando voltava da escola.

 

 “Malala, a menina que queria ir para a escola”, é um livro-reportagem que apresenta essa personagem tão contemporânea. “Todas as crianças provavelmente já ouviram falar de Malala, mas ninguém ainda tinha contado essa história para elas”, afirma a autora. Chega a ser um bálsamo que uma menina tão forte e real seja apresentada aos nossos filhos que, muitas vezes, são levados a acreditar cegamente em princesas frágeis e em príncipes machões. “Ela não sonhava em encontrar um príncipe encantado, mas em ir para a escola; não queria se realizar por meio do casamento, mas por si própria com o mundo de possibilidades que a educação oferece. É uma anti-Cinderela”, completa.

 

No livro as crianças aprendem também que na cidade de Malala não é apenas na escola que as mulheres não eram bem-vindas. “No mercado de rua de Mingora, cidade da Malala, há uma faixa: Proibida a circulação de mulheres”.  Mostrar questões áridas para quem ainda está em processo de formação de caráter, pode ser uma boa forma de promover a tolerância religiosa, racial e cultural, segundo a autora. “Nós explicamos o que é uma igreja, uma sinagoga, uma mesquita, um templo; o hijab, o quipá, a cruz”, afirma. “É uma forma de ajudá-los a compreender o tempo em que vivemos”, completa. E no tempo em que vivemos, ainda bem, é possível também que um Prêmio Nobel da Paz seja dado a uma adolescente paquistanesa, como Malala. No discurso de recebimento do prêmio, Malala justificou sua luta. “Eu tinha duas opções, a primeira era permanecer calada e esperar para ser assassinada. A segunda era erguer a voz e, em seguida, ser assassinada. Eu escolhi a segunda. Eu decidi erguer a voz.”


Fonte:

O Estado de São Paulo

Rita Lisauskas

 







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