DICAS
Há algum tempo venho acompanhando a evolução da tecnologia dos exoesqueletos, a chegada da era dos homens biônicos, a tão sonhada possibilidade de superação dos nossos limites físicos. Super Homens executando tarefas antes impossíveis... Realmente maravilhosa a perspectiva do nosso futuro!
Mas - sim, sempre existe um “mas” - me vem à lembrança uma história que encantou a muitos e rodou a internet:
Owen Howkins, um menino com uma doença rara que afeta os músculos, tornando-os tensos e impedindo os ossos de crescer. Como era de se esperar o menino encontra uma grande dificuldade para se movimentar e interagir com outras pessoas, o que o transformou em uma criança insegura, tímida, que evitava frequentar lugares públicos e o contato com as pessoas, pois sua doença o impedia de ser igual às outras crianças da sua idade.
Haatchi, um cão pastor-da-anatólia que foi recolhido por uma instituição de apoio a animais abandonados após ter sido amarrado a um trilho de trem. A crueldade deixou Haatchi com uma das patas traseiras mutilada. Após intenso tratamento veterinário, o animal recuperado foi colocado para adoção.
Os pais do menino ficaram sabendo da história do cão e compadecidos resolveram adota-lo, pois assim como o filho, o animal tivera um início de vida difícil.
Histórias que se cruzam, personagens que se encontram – ou seria um reencontro? Não sei.
A verdade é que após a adoção de Haatchi e o contato com a superação do cão, Owen começou a ter uma visão diferente da própria vida.
Desde que o cão entrou em sua vida, o garoto está falante, sai para levar o cachorro para passear e adora contar as travessuras do peludo para a vizinhança. “Owen costumava ter medo de estranhos, mas agora quer falar com todos sobre Haatchi e sai para mostrar o cão. A diferença que percebemos nele não pode ser colocada em palavras”, conta Will, pai do garoto, e completa com a emocionante história de como esta mudança foi imediata, pois poucos dias depois Owen já estava anunciando, na frente da escola inteira, que queria começar a andar por conta própria, sem cadeiras de rodas, nem andadores!
O que me chama a atenção entre estas histórias? Bem, quantas vezes ficamos parados, inertes, imaginando necessitar de um exoesqueleto para nos habilitar a algo aparentemente inalcançável, quando o que precisamos pura e simplesmente é de um cão de três patas?
Fonte:
Helena Jorge
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